segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Moral - Monte de Merda



Começei a pensar nesta merda quando o Nietzsche andava pelos meus cornos a passear.
Para mim era óbvio o porquê da tentativa de assassinato do moral exterior, ou daquilo que nos é imposto como "regras" irrefutáveis. Mas porquê é que essa imposição é, hoje me dia, tão presente, vincada e extremista?
A moral define o Bem e o Mal como conceitos concretos na prática da vida real. Ela depende da pessoa, e da sua cultura, religião e valores, que definem a axiomática do seu pensamento, aquilo que ela assume ser verdade, e a partir do qual constroi a sua lógica. Não existe pensamento sem fé. Nem que seja fé que a razão descreve a realidade de uma forma fidedigna. E que os dados empíricos podem ser generalizados de forma a construir regras racionais e gerais que descrevem a natureza. De facto não podemos provar racionalmente que o que é lógico e racional é válido. Especialmente porque qualquer demonstração lógica disto, já está a assumir a demonstração como válida.
Eu costumo chamar lhe fé: Eu não posso viver sem ter fé em algo. Nem que seja fé na minha capacidade de não acreditar em nada excepto na lógica causal.



O que verifico é para mim óbvio: se enumerar o conjunto de diferentes fés, ou axiomáticas, possíveis para cada um, obtemos o mesmo número de conceitos de Mal, válidos apenas para essa pessoa:
Axiomática Religiosa - dizer o Mal é equivalente a dizer o Pecado
Axiomática Empírica - o que é Estúpido é errado, está Mal.
Axiomática Pacifista - o que é Violento está Mal.
(...)


Obtemos um conjunto de possíveis conceitos que na prática da vida real, definem para cada uma das pessoas o conceito do Mal, e por consequência uma Moral. Mas verificamos também que são exactamente esses conceitos que são impostos indiferenciadamente por todos. Sejam eles líderes religiosos ou cientistas, pessoas de pensamento prático, ou artistas abstractos. Estes conceitos estão completamente misturados e "globalizados".


Obtemos a Moral Moderna, expandida para todos os lados e confundindo tudo e todos num monte gigantesco de merda fumegante! O Mal, o Violento, o Estúpido, o Pecado, o Feio, o Sintético, o "Unhealthy", o "Uncool", o Preconceito, o Racista, o Intolerante Fo-Da-SE!


Graças a este Monte de MERDA obtemos as depressões e ilusões sobre aquilo que as pessoas verificam que realmente são! Se são Maus ou Bons, se vão para o Céu ou para o Inferno, se são fixes ou gordos de merda, se são "verdes" ou irresponsáveis, se Deus está com eles, se contra eles... As perguntas são muitas vezes respondidas por uma moral mais forte, mais extrema, que não confunde tanto, que não cria tanta incerteza, tanta merda para a cabeça.


Assim se obtêm pessoas a "encontrar Deus" a meio das suas vidas, e obviamente extremistas (com um empurrãozinho de uns opurtunistas com motivos políticos), e deficientes que preferem uma moral mais forte do que a solução que eu prego:


VÃO PRÓ CARALHO!

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