sábado, 3 de abril de 2010

Soneto Inglês

Confesso que tenho muitas vezes
Medo de me deixar embriagar
Deixar de ver em mim um transbordar
Com que preencho o vazio dos meses

P´ra sempre aquele sonho desperto...
Onde sinto que acreditar escolho
Ter eu mais que o turvo olho
Para agarrar sem medo o incerto

Se sou só molécula de sentir
Perdida onde nada se procura
Se nas trevas não vejo tortura
Qual é a coragem de existir?


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Mas para o soneto ser inglês
Falta o dístico, que estupidez

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